sexta-feira, 21 de maio de 2010

Três coisas...

Queridos amigos, hoje apetece-me partilhar-vos uns sentimentos que me vão na mente, sentimentos que presumo sejam comuns a muitos homens e mulheres do nosso tempo, da nosso espaço, da nossa vida.
Na verdade, queria falar-vos sobre a alegria que senti na visita do Santo Padre a Portugal, queria meditar sobre a tristeza da aprovação por parte do presidente da republica do casamento entre pessoas do mesmo sexo, queria ainda meditar sobre o dom da vida já que nestes dias celebrei-o de forma alegre e grata.

Assim, começando pela visita do Santo Padre, gostava de vos dizer que das coisas que mais me impressionou foi surpreendente alegria que vi constantemente no seu rosto, na sua expressão, na sua linguagem de amor. Na verdade ele trouxe-nos desafios muito fortes, desafios que têm de ser clarificados e melhorados, quer na vida da sociedade que na vida de cada um de nós, ou seja, não vale apenas os Vivas ao Papa que demos, agora é preciso dizer que a sua mensagem é também para nós. Guardo com especial emoção o momento em que o vi ao vivo no Terreiro do Paço, em que senti emoção ao ver passar Pedro, ao ver passar o homem que sucedia àquele a quem Jesus perguntou: Tu Amas-me? Nessa tarde tudo foi perfeito, a chegada, os cânticos, a missa, a homilia, a alegria daquele olhar do Papa. Tudo foi especial e levou-me com uma enorme alegria para a frente da nunciatura como forma de cantar e esperar que o Papa me dissesse algo, que o Papa falasse aos milhares de jovens que ali estavam, alegria que levou-me a Fátima, enfim alegria que tornou aqueles dias mais belos, diferentes, especiais. Momento marcante foi também Fátima, ver o Papa de joelhos aos pés da Senhora, tal como João Paulo II tinha feito, fez-me compreender que tenho muito caminho a percorrer para me converter, para saber o que é verdadeiramente ser fiel ao chamamento que sinto ser feito todos os dias por Jesus Cristo, para saber o que é se por de joelhos perante a Mãe que me leva sempre ao Filho. Foram de facto dias que ainda estou a digerir, palavras que ainda releio, sentimentos que ainda amadurecem...

Outra das coisas que vos queria falar era da aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Confesso que fiquei triste ao ver esta forma de agir por parte do nosso presidente, que relembro depois de um discurso de inicio de ano voltado para a dignidade da família e outras coisas mais, agora tira esta dimensão natural ao casamento, procurando corromper um nome que tem uma dignidade que ultrapassa qualquer iluminação humana, qualquer vontade pessoal com o intuito de agradar minorias. Deixei claramente de confiar nas ideias de um presidente que apenas faz as coisas por sua conveniência, que não mostra uma lealdade às suas convicções, aos seus propósitos morais como pessoa que é, que em tempos apresentou. Está muita coisa contrário na política deste país!

Quanto ao dom da vida, queria primeiramente agradecer a Deus e à minha família pelo facto de hoje estar convicto que viver não é só por mim nem para mim mas essencialmente é dar-se como pincel onde a mão de Deus fará o resto. Sinto, no entanto, é que muitas vezes fujo a ser esse pincel, prefiro ser mão, mão que opera a transformação esquecendo toda a dimensão que tem Deus na minha vida, o que posteriormente me leva a um sentimento de tudo menos de dever cumprido. Por isso é que digo, aos 23 anos tenho muito que me converter e realmente entender o sentido que é sofrer para as coisas bem fazer.

Rezem por mim, pelo nosso País, pelo Papa!

Eu não queria ir às JMJLISBOA2023, a razão obrigou… A BONDADE GANHOU!

Sim, é verdade, mesmo depois de ter participado nas JMJ de 2011 em Madrid, de 2016 em Cracóvia, durante muito tempo andei desinteressado das...