“Não tenhais medo da bondade e da ternura.”
Corria o ano de 2013, quando foi escolhido, o Papa Francisco. Uma enorme novidade para a Igreja! No momento em que todos esperaram um grande nome, em que todos os dias na comunicação social saiam nomes dos ilustres e eloquentes mestres da teologia, da dogmática, da doutrina, eis que o escolhido é mestre sim, mas na pastoral!!!
Que bom foi perceber que, acima de tudo, os cardeais escolheram alguém que trazia na bagagem a luta pelas pessoas, por ideais humanistas capazes de levar homens e mulheres de todos os estratos a Deus. Um homem que certamente não teria medo de trazer a humildade para o centro do seu pontificado, tal como tantas vezes o fez Bento XVI.
Na verdade, aqueles primeiros dias foram passando e o Papa foi marcando pela diferença, pela simplicidade e pela pobreza evangélica. Nos primeiros discursos, as palavras eram como um código de conduta para o seu pontificado. Hoje, praticamente todos os dias, as suas palavras são o Evangelho encarnado, ou pelo menos, o desejo que tal se suceda.
Mas houve um certo dia em que uma palavra me marcou e com a qual pensei: “Que bom que era que a Igreja fizesse destas letras o mote da sua ação pastoral... “Não tenhais medo da bondade e da ternura!” Estas palavras cheias de simplicidade, são também carregadas de amor, de esperança e do sentido pleno daquilo que deve ser o agir cristão neste mundo: O amor o próximo com enorme bondade e carregado de ternura.
Que cada sacramento celebrado seja traduzido nestas palavras e que cada encontro para a celebração da Santa Missa seja reconhecimento que Deus Pai continua a ser ternurento e bondoso com o Seu povo.
Que em cada batismo um cristão possa sentir no olhar, na beleza e na candura de uma criança o sorriso do Pai, que ao ouvido nos sussurra: “Amo-te incondicionalmente”. Deixemo-nos abraçar sempre por esse amor que brota das crianças e saibamos agradecer sempre!
Nunca nos esqueçamos que a vida é caminho, é sementeira de amor, de bondade e de ternura e sobretudo é lugar de beleza!