quinta-feira, 27 de julho de 2017

"Deus e Eu"

Este texto foi um desafio pedido pelo Padre José Luis Rodrigues e publicado no seu blog: Banquete da Palavra, Obrigado por se ter lembrado de mim e ter-me feito reflectir, rezar e escrever! 
“Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que a tornou bela...” Antoine de Saint-Exupéry, com base nesta belíssima frase início a minha tentativa de expor um pouco a minha relação com Deus. Naturalmente como padre não consigo conceber um Deus que não seja à imagem das palavras de Jesus e dos apóstolos nos evangelhos e cartas, bem como por todo o magistério da Igreja. Não consigo conceber um Deus que seja meu, mas sim um Deus que é Amor, Esperança que é Vida e Caminho para tantos quantos Dele se aproximam.
Deus tem sido alguém muito teimoso comigo, alguém que me tem orientado imenso, particularmente nos momentos de maior dificuldade. Não consigo conceber cada dia da minha vida sem a Sua inspiração, os Seus ensinamentos e sinais, por isso Deus é também a bússola que vai norteando a minha caminhada.
Deus tem sido extremamente misericordioso, tem tido mesmo compaixão do meu coração muitas vezes mesquinho, sem escrúpulos, egoísta e egocentrista... Mas Ele nestes momentos com tantos sinais me tem mostrado, o que, e como, transformar a minha condição de pecador.
Aprendi com Deus que o lema deve ser servir, e como diz o Papa Francisco: “o verdadeiro poder é o serviço.” Por isso peço diariamente que o natural relacionamento que a condição sacerdotal me confere não seja para meu bem, mas para que seja instrumento da vida de quantos com quem me cruzo, no fundo como costumo dizer ser provocador da Esperança!
Deus é que me ensina como Julgar, Ele que pede que não sejamos castigadores mas construtores, ele que nos pede que não sejamos destruidores mas empreendedores ensinou-me que mais que julgar, a missão passa por dar-se e ajudar, por encontrar o caminho que muitas vezes pode levar muito tempo a percorrer, pode causar imensas feridas mas que nos levará com esperança à felicidade! Por isso repito tantas vezes: “Faz aos outros o que queres que te façam a ti!”
Disse o Papa Bento XVI: “Deus não nos tira nada, dá-nos tudo!” esta expressão mexe hoje comigo como mexeu na altura que a li pela primeira vez, por isso ligo-a muito a uma que escutei numa homilia: “Quem quer o que Deus quer, tem tudo o que quer!”

--> Peço a Deus que me dê sempre a lucidez de O pensar livremente, de O interpretar como ajuda e caminho e de nunca O ver como Aquele que me mete medo, mas sim Aquele por quem tendo um temor reverencial está sempre lá, para as vicissitudes da minha história, da minha caminhada e da minha vida!

Pe. Pedro 

quinta-feira, 20 de julho de 2017

"Algo me diz que a tormenta passará... É preciso perder, para depois se ganhar..."

Estes dias a escutar Mariza, pensava no que têm sido, nos caminhos, vidas e obstáculos que se têm cruzado na minha vida. Pensava no quanto ser provocador de esperança, homem de Deus, me leva a, obrigatoriamente, ter consciência que precisamos compreender que a tormenta, muitas vezes, mete medo, mas passa. E para passar é preciso muitas e muitas vezes perder para depois se ganhar... Perder é também, segundo a musica da Mariza, um estado de vida.
Mas o que significará este perder? Certamente que se trata de tudo quanto são obstáculos ao amor, à relação do “nós social” que a humanidade tanto precisa. É também aquele perder de quem compreende que, apesar de amar muito o “lugar” onde está, as coisas que faz, quando as mesmas parecem estagnadas é preciso voar, criar novos rumos, novos horizontes, novas vias, “nova vida”, dar lugar a outros que voem mais alto e melhor, que deem o novo rumo ao “lugar”.
Que Deus nos dê a capacidade de deixarmo-nos “derrotar” para depois ganhar essa vida nova que brota dum coração que se deixa amadurecer, dum coração que sofrendo soube perder, dum coração que mesmo sem ver Acredita que muito na vida pode ser diferente.  


Pe. Pedro
20-07-2017

Eu não queria ir às JMJLISBOA2023, a razão obrigou… A BONDADE GANHOU!

Sim, é verdade, mesmo depois de ter participado nas JMJ de 2011 em Madrid, de 2016 em Cracóvia, durante muito tempo andei desinteressado das...