domingo, 30 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Um Natal inesperado...
Quando
idealizamos como deve ser o Natal, pomo-nos a falar de família, a tocar a
grandeza que é a alegria do reencontro de quem se ama, a atarefar-se com os
tachos para adocicar a boca de todos aqueles que se sentam à mesa neste tempo.
Mesmo
que durante todo o ano não nos encontremos com esta realidade da família
reunida, o Natal é sempre aquela época em que tal acontece, ou pelo menos,
gostaríamos que acontecesse.
Também
eu pensei assim durante muito tempo achando que isso de facto era o mais
importante, até diria, o essencial do Natal. Mas neste Natal algo de
surpreendente se sucedeu. Houve portas que se fecharam, mas a alegria do Deus
Menino nascido em Belém não faltou, antes, trouxe ainda mais clareza à certeza
que o Natal é viver com e para Jesus.
Se
por um lado, o antes do Natal entristeceu-me pela ausência dos cheiros da
Madeira, o dia 24 trouxe-me a certeza de que entregando o sofrimento a Jesus, o
mesmo que neste tempo está à porta da nossa vida para connosco fazer festa, fez
com que eu compreendesse que há mais alegria em dar do que em receber.
Juntar-me
a quem não tem família, a quem ia passar aquela noite de consoada sozinho e ver
aqueles rostos felizes pela alegria do convívio, pela nobreza de uma refeição
digna da Noite de alegria que se vivia fez emocionar-me e acreditar que Deus
surpreende-nos mesmo, que Deus toca o coração de inúmeras formas e que a nossa
vida quando é d’Ele tem um toque de inesperado.
Como
foi bom o ambiente daquela refeição fraterna, onde mais que partilha de
alimentos se partilharam vidas, sofrimentos mas sobretudo alegria pela grandeza
que é o mistério da presença amiga.
Belo
também foi ver uma igreja repleta de pessoas felizes por ver nascer o Menino,
como me senti agraciado pela ternura de poder pegar com as minhas mãos na
imagem daquele Menino que naquela noite nos convidava a sorrir.
Surpreendeu-me
muito a nobreza com que se vive o Natal em Lisboa, o espírito com que se louva
Jesus, o Menino nascido para Salvar a humanidade.
O
aperto no coração, pensava eu, ia dar-se no dia 25, mas tal não se sucedeu. E
mais uma vez pela grandeza da surpresa de se deixar tocar pela vivência e
grandeza daquele dia que nos levava a dizer Glória a Deus!
Como
foi bom voltar a pegar no menino e levá-lo até ao presépio da Sé de Lisboa,
como foi bom abraçar a grandeza deste dom que é viver o Natal em Igreja.
Muito
bonitas foram as palavras do senhor Patriarca, tocando-me profundamente quando
disse:
“Neste Ano da Fé assumamos que Ele espera
que nós os crentes sejamos portadores da luz, anunciadores da esperança e da
alegria. Quando se encontrou connosco, cumulou-nos de dons: “àqueles que O
receberam e acreditaram no seu Nome deu-lhes o poder de se tornarem filhos de
Deus”. Mas ele espera de nós, que com a nossa vida, pela nossa palavra
convicta, pelo testemunho do nosso amor, O anunciemos àqueles que até agora não
O acolheram, um pouco por culpa nossa, porque não O anunciamos.”
Depois,
a refeição fraterna, mais uma vez partilhada com quem nunca pensei viver este
Natal foi um momento de vivência feliz.
A
forma simples mas grandiosa como pude partilhar a vivência destes dias faz com
que afirme novamente que quem quer o que Deus quer tem tudo o que quer!
É
caso para terminar este voto de louvor e agradecimento dizendo: Glória a Deus,
porque nos momentos em que menos esperamos surpreende-nos com a grandeza do seu
Amor!
Diácono Pedro Nóbrega
27-12-2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
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