terça-feira, 26 de agosto de 2008

Até qualquer dia, Padre João Ferreira...


Foi com espanto que na passada sexta-feira dia 22 de Agosto, pelas 4 da tarde, recebi a notícia do falecimento do Padre João Ferreira, actual pároco da minha freguesia.
Confesso que fiquei de tal forma desolado e surpreendido que comecei a pensar em muita coisa que com ele já passei. Na verdade, podia não ser um dos seus maiores fãs, mas depois de ouvir muita coisa, comecei a constatar que por vezes nós paroquianos, fomos algo injustos para com ele, principalmente na forma como muitas vezes o julgámos.

Durante a sua vida, dedicou-se ao rebanho que lhe foi confiado, tinha bem presente as suas limitações e os seus dons, sabia até que patamar podia ir, e de que forma devia agir. Senti sempre da sua parte um gosto especial por me ver no seminário, ultimamente o nosso contacto pautava-se somente quando eu não tinha actividade pastoral, ou então nas férias, mas mostrava-se sempre interessado em saber como ia a minha caminhada.
Muitas foram as missas a que assisti ao seu lado como acolito, mas as que mais me custaram, foram as do último fim-de-semana que celebrou na Camacha, o seu estado era tal, que fiquei emocionado ao pensar que Deus podia chama-lo de uma forma repentina, naqueles momentos e durante os dias em que a sua doença piorou tive medo de perder aquele homem humilde que serviu a Camacha durante 22 anos.

No hospital tive a oportunidade de visitá-lo e constatei que o estado não era animador, apesar de me terem dito que aquele era o melhor dia depois do pe. Ferreira ter entrado para o hospital dos marmeleiros.
Nunca pensei que um homem que era amado por muitos e desprezado por outros fosse chamado para a casa do Pai de forma tão rápida, lembro que na minha visita entre outras, as minhas palavras para com ele foram de no meu regresso à madeira em Dezembro querer vê-lo com saúde. Mas os desígnios de Deus não são iguais aos desejos e pretensões dos homens…

Quis Deus que o pe. Ferreira morresse numa sexta-feira a exemplo de Cristo, quis Deus que fosse um poço de humildade e nunca se revelasse orgulhoso nem preconceituoso para com a humanidade.
Apesar de tudo, o seu exemplo levou a que no domingo dia 24 de Agosto, houvesse na Camacha uma enorme e justa homenagem ao que foi a sua vida e trabalho junto do Povo de Deus, para muitos o pe. Ferreira foi um porto de abrigo, foi um consolador, foi uma enorme ajuda quer espiritual quer material, ele além de ter expressado a sua bondade cá, também expressou a sua caridade pelas terras de missão, principalmente Angola onde ajudou de forma muito boa a pastoral das paroquias onde trabalham as Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora da Vitórias.

No caminho que pretendo seguir, não posso esquecer o exemplo deste meu pastor durante a minha vida, não posso ignorar a sua vida de oração e humildade, sem dúvida grande exemplo para mim e para todos quantos rodearam o pe. João Ferreira.
No momento do seu adeus as emoções foram mais fortes e as lágrimas caíram-me pelo rosto, nunca pensei que me custasse tanto a perda do pe. Ferreira mas depois percebi que, no seu silêncio ele foi sempre uma grande ajuda na minha caminhada, e se perdi na terra uma pessoa que orava por mim, com certeza ganhei no céu um elemento a quem hei-de recorrer muitas vezes quando orar ao Pai dos Céus.

O pe. Ferreira morreu para o mundo, mas a sua vida contínua na companhia do Pai que está nos Céus.
Muito obrigado por tudo o que fez pala paróquia e por mim em especial!
Que a sua alma descanse em paz!

Um salmo que o Pe. João Ferreira gostava muito!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Meu Deus eu Creio...




A alegria de vos escrever estas palavras é enorme, para mais, tendo sido parte delas escritas em clima de oração e partilha, muito perto do lugar onde naquele tempo conturbado de 1917 apareceu a três saudosas crianças a Mãe do Salvador.

O sentimento que se tem naquele lugar chamado Valinhos onde se deram duas, das três aparições do Anjo, que se denominou de «Anjo da Paz» e de Nossa Senhora a 19 de Agosto de 1917 envolve-nos de tal forma que sentimos muitissimo bem.
Inspirado na Oração magnífica, cantada no video de apoio, pus-me a escrever no dia 22 de julho um pequeno texto que ao findar pareceu-me uma oração de reconhecimento e de suplica, uma oração pessoal!


Meu Deus eu Creio,
Na tua Omnipotência.
Adoro a maneira como te manifestas à humanidade,
Espero um dia caminhar junto a Ti.
Amo-vos do mais intimo do meu ser.
Peço perdão por ser muitas vezes infiel à Tua mensagem,
Por ter vergonha de espalhar o Teu Reino, por ter algumas vezes medo de me manifestar como Cristão...
Mas de uma coisa tenho a certeza, a minha vida é Tua, Tu És Quem a conduz, é a Ti que pretendo entregar o meu coração!!!
Amén.

(Pedro Nóbrega -Valinhos 22-07-2008)

Resta acrescentar que nestes dias em que estive em Fátima rezei muito por todos vós!!!
Bem Hajam!

Eu não queria ir às JMJLISBOA2023, a razão obrigou… A BONDADE GANHOU!

Sim, é verdade, mesmo depois de ter participado nas JMJ de 2011 em Madrid, de 2016 em Cracóvia, durante muito tempo andei desinteressado das...